A ontologia baseada no conhecimento categorial — podemos chamá-la simplesmente de ontologia de senso comum — tem, antes de tudo, uma importância pragmática e civilizacional. É verdade que a redução da Realidade ao seu estreito domínio conduz àquilo que John Vervaeke chama de tirania proposicional,1 mas é igualmente verdade que sua ausência nos desumaniza.2 A tendência anti-essencialista de uma Donna Haraway, por exemplo, ao abolir a dicotomia orgânico-inorgânico e, consequentemente, a diferença entre homem e máquina, estabelece o feminismo no terreno do transumanismo.3 Tal gesto havia sido antecipado — de maneira genial, diga-se — pelo próprio Jacques Derrida já na década de 60. Falando sobre as consequências da fonetização da escritura, e sobre a tendência crescente a designar todas as coisas em termos de escritura e código, ele nos diz:
“[...] o biólogo fala hoje de escritura e pro-grama, a respeito dos processos mais elementares da informação na célula viva. Enfim, quer tenha ou não limites essenciais, todo o campo coberto pelo programa cibernético será campo de escritura. Supondo-se que a teoria da cibernética possa desalojar de seu interior todos os conceitos metafísicos — e até mesmo os de alma, de vida, de valor, de escolha, de memória — que serviam antigamente para opor a máquina ao homem, ela terá de conservar, até denunciar-se também a sua pertença histórico-metafísica, a noção de escritura, de traço, de grama ou de grafema. Antes mesmo de ser determinado como humano (juntamente com todos os caracteres distintivos que sempre foram atribuídos ao homem, e com todo o sistema de significações que implicam) ou como a-humano, o grama — ou o grafema — assim denominaria o elemento. Elemento sem simplicidade...”4
Resumidamente, a tendência a reduzir a realidade a unidades gráficas de informação — uma espécie de atomização linguística — nos leva à dissolução das categorias do senso comum, e essa dissolução culmina na negação da própria natureza humana.
O pontapé inicial desse processo, hoje em estágio muito avançado, já havia sido dado antes mesmo de Jacques Derrida escrever essas palavras. Segundo Mary Harrington, a primeira tecnologia transumanista da história fora popularizada nos primeiros anos da década de 60, e seu advento inaugurou aquilo que Harrington chama de Era Ciborgue.5 Essa tecnologia é nada menos que a pílula anticoncepcional.6 O advento da pílula, segundo a feminista britânica, instituiu socialmente a tentativa de libertar-nos, através de artifícios técnicos, dos limites impostos pela própria natureza humana — nesse caso específico, dos limites impostos pela natureza biológica da mulher. Antes do advento da pílula, a medicina era aplicada apenas em vista da correção (ou prevenção) de anormalidades que comprometem o funcionamento do organismo humano; com a pílula, porém, ela passou a ser aplicada para “corrigir” a própria normalidade desse organismo. Pois a gravidez, na medida em que decorre naturalmente da relação sexual, não é uma anomalia biológica.7 Uma vez inaugurada essa possibilidade, a própria noção de normalidade começou a se fragilizar, até finalmente ser abolida.
Abolição da normalidade e abolição do homem.8
“Assim como o humanismo nos libertou dos grilhões da superstição, que o transumanismo nos liberte de nossos grilhões biológicos.”9
Se a natureza humana é combatida no nível do próprio indivíduo — seja por procedimentos “estéticos”, seja pela eliminação do risco reprodutivo nas relações sexuais —, não é de se admirar que essa mesma natureza seja combatida a nível planetário. Hoje, aos olhos de muitos, o homem é um câncer que deve ser eliminado do planeta terra. O combate ao Anthropos extrapolou os limites individuais transformando-se na narrativa neomalthusiana de controle populacional e centralização de poder. O neomalthusianismo, tão em voga entre os membros do World Economic Forum, não é outra coisa que um neognosticismo globalista.
A abolição das fronteiras que distinguem humano e não-humano tem ainda outras consequências, que podemos chamar de verdadeiramente bestiais. A primeira delas já aparece na própria obra de Donna Haraway: a abolição da dicotomia humano-animal. Isso num primeiro momento parece inofensivo, e nos lembra a beleza do companheirismo entre o homem e seus animaizinhos de estimação. Mas, uma vez que a distinção homem-animal é abolida, a própria relação dono-pet passa a ser vista como uma terrível expressão do carnofalogocentrismo derridiano (sic). E, uma vez abolida também a relação dono-pet, não demora muito para que a discussão se mova para o terreno da “zoossexualidade”. Por incrível que pareça, há todo um movimento de intelectuais acadêmicos que, com uma cara dura que não lhes cabe na fuça — como diria o saudoso Fausto Fanti —, promovem esse tipo de coisa.10
Monika Bakker, uma dessas intelectuais pós-humanistas e crítica ferrenha do “antropocentrismo”, revela o motivo do seu interesse pelo assunto:
“Pesquisas recentes sobre relações sexuais humano-animais revelam um potencial subversivo significante nas atitudes zoossexuais. Praticar a bestialidade é reconhecer um tabu e ainda assim quebrá-lo, com a disposição de arcar com todas as consequências; mas praticar a zoossexualidade é agir como se o tabu não existisse, o que é, portanto, perturbador para a ordem antropocêntrica.”11
Para que nem eu nem meu leitor vomite, encerrarei por aqui o assunto. Mas antes convém mencionar que há pelo menos três décadas esse tipo de coisa vem sendo discutida dentro do ambiente acadêmico — em pequenos círculos, é verdade —, e que é também notável a íntima relação dessas discussões com o movimento pelo direito dos animais. Peter Singer, considerado um dos pioneiros do movimento pelo direito dos animais, é o mesmo sujeito que escreveu Heavy Petting (2001). Neste livro ele discorre demoradamente sobre as semelhanças entre os órgãos genitais dos homens e dos animais, e sobre os prazeres que os genitais de uma cabra podem proporcionar ao homem. Eu sei, é nojento.
Outro desdobramento da abolição das categorias supracitadas é substituição do ser humano por um software de inteligência artificial nas relações íntimas — algo que já vem acontecendo há algum tempo. Afinal, se não há diferença entre humano e não-humano, não há motivos para evitar as relações amorosas entre homens e softwares. Hoje, com efeito, qualquer pessoa pode baixar um software AI Girlfriend em seu smartphone e iniciar um “namoro virtual”. Trata-se, literalmente, de um robô que conversa com você em um chat, como se fosse sua namorada. O mais chocante de tudo é ver que muitos homens acharam essa ideia ótima, e agora dependem emocionalmente de uma coisa controlada por big techs — ou por algo ainda pior.12
O leitor pode ir listando por si mesmo as inúmeras consequências desse processo dissolutivo. Falta espaço aqui para tratar de todas elas. O importante é que pude oferecer uma imagem suficiente da salada de frutas civilizacional provocada pela negação — ou simples esquecimento — da ontologia de senso comum.
***
Há sempre, entre os intelectuais, um certo impulso de encarar o conhecimento de senso comum como uma ingenuidade que deve ser superada. Muitas vezes esses intelectuais realmente percebem a presença de um conhecimento de ordem superior, mas nem sempre são tão felizes quanto Suhrawardi na conciliação desse tipo de conhecimento com aquele do senso comum.
Devemos notar que a negação da dimensão categorial do conhecimento é a negação da experiência humana ordinária. Nós não experimentamos o mundo ordinariamente de maneira anti-essencialista, não-dualista ou apofática. A experiência humana ordinária é categorial. As limitações desse tipo de conhecimento se devem às limitações da própria natureza humana, e daí podemos concluir que a revolta contra a ontologia de senso comum é uma revolta contra a própria natureza humana. Afinal, o domínio do conhecimento categorial é o domínio próprio à atuação da razão (logos), e a razão é o que nos diferencia enquanto espécie, visto que somos animais racionais. A rejeição desse domínio categorial, por conseguinte, implica a negação da espécie humana. Dito isto, fica evidente que a rejeição ao senso comum é, em sua raiz, pós-humanista (ou anti-humana, se preferir).13
É inevitável sentir em todas essas coisas um cheiro insuportável de gnosticismo.14
Caminhando Sobre os Ares: A Terra Abolida
Vou usar um simbolismo diádico para facilitar a exposição e congregar em noções mais simples a multiplicidade de fenômenos aqui mencionados.
Ao nível discursivo-categorial do conhecimento humano corresponde a ontologia de senso comum. Esta é como a Terra: é quadrada, sólida e descontínua15 (pode-se pensar, aqui, nas linhas descontínuas do trigrama16 K’un, do I Ching). Por outro lado, o nível supra-categorial e “divino”, a que correspondem as ontologias não-dualistas, apofáticas e antinômicas, é como o Céu: circular, volátil e contínuo. Sem o suporte da Terra o Céu não pode se fixar e se “encarnar”; sem a inspiração do Céu a Terra seca e morre.
Conhecemos a tentação intelectual de reduzir todas as coisas à Terra: ela está presente no Ocidente desde o início da modernidade, assumindo formas diversas: o iluminismo, o positivismo o materialismo etc. Pouco se fala, porém, do vício oposto. A redução de todas as coisas ao Céu, o que aos olhos de muitos homens “espirituais” pode parecer algo normal e até louvável, é uma tendência tão ou mais viciosa que o materialismo.
O leitor pode reparar que Suhrawardi percebeu esse problema, evitando, então, ambos os vícios. Ele percebeu que a negação da Terra — isto é, do lugar próprio do conhecimento categorial — perturbaria a ordem deste mundo; e que a negação do Céu — isto é, do conhecimento supra-categorial — como que fere as asas da alma, impedindo-a de avançar na direção do Sumo Bem.
Podemos, com isso, estabelecer duas regras: 1) o esoterismo17 é pernicioso quando ele combate a ontologia de senso comum; 2) a ontologia de senso comum é perniciosa quando não dá espaço para o conhecimento supra-categorial.
Um exemplo do primeiro caso, além dos que já foram dados mais acima, é a propensão de alguns místicos18 a apoiar movimentos e correntes sócio-políticas dissolutivas por razões muito espirituais. Dois casos típicos são Bede Griffiths e Wayne Teasdale. Ambos monges Católicos com vasto conhecimento de mística comparada, que conviveram com grandes homens do Ocidente e do Oriente e tiveram experiências místicas cuja legitimidade não tenho nenhum motivo para pôr em dúvida.
Bede Griffths, apesar se seus estudos védicos e do convívio com grandes sadhus nos ashrams da Índia, era grande entusiasta da Teologia da Libertação. Bradley Malkovsky nos informa que Griffths certa vez lhe falou que “Gustavo Gutiérrez é o maior dos teólogos”.19 Acho que não é preciso dizer mais nada.
Wayne Teasdale, filho espiritual de Griffths, além de frequentemente se referir a Deus como ela (she)20, mostrando-se simpático à chamada Teologia Feminista,21 via com bons olhos o já mencionado movimento pelo direito dos animais, o fim dos nacionalismos e a tendência a uma política global, a United Religions Initiative (URI)22 e a crescente preocupação ecológica da humanidade.23 Segundo Teasdale, tais movimentos seriam o prelúdio de uma nova era em que estamos entrando: a Era Interespiritual.
“Estamos na aurora de uma nova consciência, uma abordagem radicalmente nova para a nossa vida enquanto família humana em um mundo frágil.”24
É por isso que Teasdale agora nos propõe a interespiritualidade, uma espécie de self-service espiritual que separa a dimensão mística das religiões de seu contexto tradicional próprio.25 E o padrão mais uma vez se repete: a espiritualidade é tratada como algo separado de sua base religiosa. É o Céu novamente apartado da Terra.26
Conclusão: A Revolta Luciferina Contra o Anthropos
Lembro-me de ver todas essas coisas e tentar entender como é possível que pessoas tão sábias, e até com um alto grau de espiritualidade, cometam erros tão grosseiros. Só mais tarde percebi que havia um padrão: a negação da Terra. Ora essa negação aparecia como um apofatismo filosófico derridiano,27 ora na forma de um esoterismo sapiencial. Mas o que havia de comum entre todas elas era a má integração desses elementos básicos da condição humana.
Essa negação da base tem sua origem e seu fim num erro muito mais profundo. Ela é fruto da má compreensão da natureza humana (o Anthropos), e conduz inexoravelmente a uma negação da natureza divina. Pois a negação do corpo, do Anthropos e da sua experiência ordinária nos levam à negação de Deus.
A negação do homem é a negação da imagem de Deus,28 e é impossível odiar a imagem sem odiar também aquele que nela é retratado. Também é impossível amar a Jesus Cristo verdadeiramente sem aceitar Sua natureza humana e sem entender a dignidade que lhe foi conferida por Ele através de Sua Encarnação.
É fácil, amigo leitor, ver nesses movimentos anti-humanos a marca do Anticristo.
“E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo.”29
O melhor antídoto para essa febre neognosticista que posso receitar aos que me acompanharam até aqui é uma forte e sincera devoção à Santíssima Virgem, Nossa Mãe e Mãe de Deus.
A cabeça da serpente urobórica, que devora este mundo a fim de carregar-nos juntos com ele para a danação, será violentamente amassada pelos pés da Virgem.30
Rogai por nós, Theotokos!
John Vervaeke fala sobre quatro tipos de conhecimento: 1) o conhecimento proposicional, que é aquele sobre e verdade ou falsidade de proposições; 2) o conhecimento processual, que é aquele que diz respeito a um procedimento ou ação (como o conhecimento necessário para se dar um nó na gravata, nadar ou escrever um soneto em versos decassílabos); 3) o conhecimento perspectivo, que é aquele que diz respeito à maneira como o sujeito enquadra uma situação, percebendo — ou não — nela os elementos mais relevantes para a sua própria orientação no mundo; e, finalmente, 4) o conhecimento participatório, que é aquele que diz respeito à integração do sujeito numa relação agente-arena (o flow state e as experiências místicas caem nessa categoria). A tirania proposicional é a situação cultural em que a hegemonia do conhecimento desse primeiro tipo nos faz esquecer da importância, e dos meios próprios de obtenção e cultivo, dos outros três.
Não é menos verdade dizer que nossa desumanização a ausenta.
Donna Haraway, A Cyborg Manifesto (1985).
Jacques Derrida, Gramatologia, São Paulo, Perspectiva, 2008, p. 11.
O começo da Era Ciborgue marcou o fim da Era Industrial.
https://unherd.com/thepost/mary-harrington-transhumanism-is-already-here/
Não é preciso dizer que procedimentos cirúrgicos como a implantação de silicone, a rinoplastia, a tal da “harmonização facial”, a cirurgia de “mudança de sexo” e afins seguem essa mesma lógica do combate à normalidade biológica. Isto para não falar do aborto, que é, sem dúvidas, o caso mais cruel e paradigmático dessa medicina às avessas, pois une o combate à normalidade biológica da mulher a destruição integral de um ser humano. O Anthropos é negado simbólica e ritualmente no mesmo ato em que o bebezinho, em particular, é assassinado. Isso explica a íntima relação entre o aborto e o paganismo (antigo e contemporâneo).
V. C.S. Lewis, The Abolition of Man (1943).
Simon Young, Designer Evolution: A Transhumanist Manifesto, Amherst, Prometheus Books, 2006, p. 32.
Na obra de Haraway a questão é discutida de maneira mais ou menos velada. Mas basta se atentar à maneira como ela usa as palavras “cohabiting”, “relations”, “fleshly”, “nasty” e “bestiality” para entender o que realmente está sendo discutido ali. Veja-se The Companion Species Manifesto: Dogs, People, and Significant Otherness (Prickly Paradigm Press, 2003). Para abordagens mais explícitas sobre o assunto, ver as obras de Hani Miletski, Andrea M. Beetz, Alphonso Lingis, Midas Dekkers, Monika Bakker e Manuela Rossini.
Monika Bakker, "The Predicament Of Zoopleasures: Human-nonhuman Libidinal Relations", em Tom Tyler et al (Ed.), Animal Encounters, Boston, Brill, 2009, p. 228. O artigo de Bakker conta ainda com uma espécie de Kama Sutra bestial: fotos e ilustrações de “relações libidinais humano/não-humano”. Não recomendo a “leitura” nem aos meus inimigos.
Quem tiver ouvidos que ouça.
Mary Harrington está coberta de razão quando diz que o transumanismo só pode ser consumado com a negação do homem.
Afinal, quem se vê preso por grilhões biológicos dos quais busca se libertar por meio de artifícios humanos é o quê?
Pois, apesar da solidez, a terra não é senão um monte de grãos e pedrinhas. O que é da Terra é feito de pó.
Há também um hexagrama K’un, formado por dois trigramas de mesmo nome.
Ou a discussão de ordem metafísica, em geral. Nesse caso, a obra do próprio Jacques Derrida é incluída nessa categoria — embora ele seja o metafísico que não é um metafísico.
Uso aqui o termo em sentido lato.
https://youtu.be/iYNvkUvxqx0 (aos 48 minutos do vídeo, aproximadamente).
Como, aliás, também o fazia Basil Pennington, grande amigo de Teasdale.
Movimento que submete as religiões a um olhar feminista. Uma palhaçada que só. Veja-se Feminist Theology (William B. Eerdmans Publishing Company, 2003), de Natalie K. Watson.
V. Lee Penn, False Dawn: The United Religions Initiative, Globalism, and the Quest for a One-World Religion (Sophia Perennis, 2004).
O mais curioso é seu livro The Mystic Heart (1999), o qual nos oferece uma lista desses maravilhosos “avanços espirituais da humanidade”, ter sido prefaciado — e muito elogiado — pelo próprio Dalai Lama. O engajamento do Dalai Lama com o ecologismo já é bastante conhecido, contudo. Basta ver as discussões que ele teve recentemente com Reza Shah-Kazemi, intelectual muçulmano e notável discípulo de Frithjof Schuon.
Wayne Teasdale, The Mystic Heart, Novato, New World Library, 2001, p. 04.
Em termos guenonianos, Teasdale pega tudo o que lhe parece interessante nos diversos esoterismos, e deixa de lado as formas exotéricas. É uma religiosidade sem corpo. O Céu sem raízes na Terra.
O impulso humano que leva o sujeito à tal da interespiritualidade é o mesmo que se pode observar na criança que, sabendo que tem um bolo de chocolate lhe esperando na geladeira, quer evitar a janta e partir logo para a sobremesa.
O uso da expressão apofatismo filosófico para designar a filosofia de Jacques Derrida é, até onde sei, de Deirdre Carabine. Acho que ela acertou na mosca.
Gn 1:26.
1 João 4:3.
Daí a importância de se manter ícones humanos da Virgem espalhados pela nossa sociedade. A iconoclastia satânica antimariana, que perverte as mulheres sob o pretexto de libertá-las (algo muito original, não é mesmo?!), deve ser enfrentada com maior seriedade por todos nós. Mas isso é assunto para uma próxima.