Há algumas semanas, após um encontro da catequese, uma das catequizandas perguntou ao catequista — no caso, este aqui que vos escreve — se havia alguma significação no fato de que, em João 21, os apóstolos pescaram 153 peixes no Tiberíades, seguindo as instruções do Senhor. A pergunta me pegou de surpresa, pois eu nunca havia meditado sobre esse ponto das Escrituras. Como a pergunta era interessante, e claramente não era algo nascido da vã curiosidade, mas de um interesse real, prometi que investigaria melhor a questão e lhe traria alguma resposta. Na semana seguinte lhe expus o que havia encontrado — de fato, havia muitos tesouros escondidos nessa passagem. Ela ficou muito entusiasmada ao ouvir a explicação, pois viu nisso a confirmação de que as Escrituras guardam tesouros de sabedoria em cada um de seus detalhes. Nem preciso dizer que a alegria dela também foi a minha.
Transformar essas meditações em texto é uma ideia que já me acompanha há alguns dias, mas, por conta de alguns imprevistos, não havia ainda surgido a ocasião de realizá-la. Passados os imprevistos, agora posso colocá-la em prática, para o benefício — Deus queira! — de um maior número de pessoas.
O Epílogo do Evangelho de São João
Em João 21, o epílogo do quarto Evangelho, é narrado o encontro dos apóstolos com o Senhor no mar Tiberíades, no período intermediário entre a Ressureição e a Ascenção. Os apóstolos, após a Paixão, haviam voltado aos seus afazeres profissionais, seguindo São Pedro. Tendo passado uma noite inteira tentando pescar naquelas águas, não encontraram nenhum peixe. O Senhor, aparecendo então pela manhã, na praia, pediu-lhes algo para comer. Sem reconhecê-Lo, os apóstolos responderam que não tinham nada. Ele então lhes disse:
Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis.1
Fazendo o que lhes ordenara Jesus Cristo, os discípulos encheram sua rede com uma multidão de peixes. Assim foi que eles reconheceram que aquele era o Senhor — primeiro São João, e depois São Pedro e o restante dos apóstolos. O Evangelho continua:
Logo que desceram para terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei dos peixes que agora apanhastes. Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes e, sendo tantos, não se rompeu a rede.2
Dois pontos que nos chamam a atenção aqui são, primeiro, o número de peixes (cento e cinquenta e três); e, segundo, o fato de que já havia ali com Jesus um peixe posto em cima das brasas. Se Jesus já possuía um peixe, podemos nos perguntar, por que então pediu aos discípulos algo para comer? Qual a significação desse peixe que não fazia parte do número “dos peixes que agora apanhastes”? Tentarei responder a essas questões em seguida. Agora consideremos a significação do número 153.
Uma Observação Tropológica
É interessante observarmos que agora mesmo nós nos encontramos na posição de alguém que lança as suas redes nas águas das Escrituras em busca dos peixes da sabedoria divina que ali aguardam por um pescador prudente, isto é, aquele que escuta as instruções do Senhor e as põe em prática (Mateus 7:24-25). Se não abrirmos os ouvidos ao Senhor, passaremos a noite inteira sem conseguir nenhum peixe — “Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam” (João 21:3). Se, porém, ouvirmos o Seu conselho, mesmo que não o reconheçamos de imediato, nossas redes serão preenchidas por uma multidão de ensinamentos divinos, e eles serão para nós um alimento sólido e nos deliciaremos com essa refeição juntos do Senhor. E o que Ele nos diz?
Lançai a rede para o lado direito do barco...3
Procuremos, portanto, a sabedoria nessa direção.
Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.4
Também canta Davi, dizendo:
A minha alma te segue de perto; a tua destra me sustenta.5
E disse o Senhor, referindo-se a Si mesmo:
Chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.6
Se navegarmos com Moisés7 e, com a ajuda dele, contemplarmos as costas de Deus (Êxodo 33:22-23), à direita do nosso barco se encontrará também aquele que está à direita do Pai. Lancemos nossas redes nessa direção, e assim não sairemos de mãos vazias. Retiremos da profundidade da letra a força do Espírito de Deus, e façamos isto com o auxílio da luz que emana da vida de Jesus Cristo — “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:4).
Essa é uma interpretação tropológica (moral) que muito nos ajuda a encontrar a disposição correta para estas meditações. Voltemos ao epílogo do Evangelho de São João.
Considerações Aritmológicas
Para entendermos a significação do número que aparece nessa passagem, precisamos considerar duas coisas que os exegetas modernos comumente perdem de vista ao interpretar as Escrituras: 1) o simbolismo aritmológico, conhecido por grande parte dos pensadores pré-modernos8; e 2) as técnicas tradicionais de interpretação e composição dos textos (e, dentre elas, especialmente a gematria).
A aritmologia estuda os números, não apenas como sinais de quantidades, mas como significadores de qualidades e relações. Assim, por exemplo, o 2 não é encarado como mero sinal de duas unidades abstratas, mas como significador de dualidade. O 2 (ou a Díada), nesse sentido, significa uma proporção (a relação de dobro ou metade, 2:1, 1:2, 4:2, 2:4 etc.), bem como as qualidades duais da oposição, divisão, multiplicação, geração, crise, limite, o diapasão (intervalo musical da oitava), a linha (em geometria) etc. Da mesma forma, o 1 (ou o Uno) significa a unidade de um ente, a união, a integridade, o caráter de ser princípio de algo, a preeminência, a antecedência, o fundamento, a centralidade, a indivisão, a tônica (em música), o ponto (em geometria) etc.9
Gematria é uma técnica rabínica de interpretação do valor numérico das palavras — o que era feito não apenas no Hebraico, mas também no Grego.10 Nessas duas línguas, as letras serviam também como numerais, de modo que cada letra possuía um valor numérico.11 A soma das letras de uma palavra conferia a ela um número, o qual lhe dava também uma significação aritmológica. Observando os valores das palavras os exegetas podiam perceber relações menos evidentes entre diferentes textos.
São João com certeza estava ciente dessas coisas todas.12 Temos de ler essa passagem de seu epílogo, portanto, à luz do que foi dito aqui. Em primeiro lugar, consideremos que 153 é um número triangular. Ele é a soma de todos os números, de 1 a 17. Na imagem abaixo pode-se ver a formação da figura de um triângulo equilátero composto de 153 unidades. Cada um dos lados do triângulo possui 17 unidades.
O dezessete simboliza, de modo mais evidente, a união da década e do septenário. Poderíamos dizer, seguindo alguns dos Padres da Igreja13, que esse número simboliza a união e a continuidade entre o Decálogo e os Sete Dons do Espírito Santo; a união e continuidade entre os mandamentos de salvação e os conselhos de perfeição.14 O ternário formado pela figura acima é obviamente um vestígio trinitário. E, finalmente, o número cento e cinquenta e três, possuindo todas essas reverberações aritmológicas em si mesmo, ainda simboliza a união das qualidades próprias dos números 100, 50 e 3. Uma interpretação bíblica possível é ver no número 100 um símbolo da totalidade das almas que participam do Corpo de Místico de Cristo.
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la?15
Nas Escrituras, o número 50 está associado ao Jubileu e ao Pentecostes, simbolizando, portanto, a libertação e a recepção do Espírito Santo. O número 3, por sua vez, é figura da Santíssima Trindade. Assim, o número 153 simboliza o estado de bem-aventurança das almas na Jerusalém Celeste, que é livre (Gálatas 4:26). Unidas pelo Espírito Santo no eterno Pentecostes, elas são a cidade santa, a morada do Pai e do Filho — “...e viremos para ele, e faremos nele morada” (João 14:23).16
Richard Bauckham, seguindo a pista de outros autores, aponta que o número 153 é o valor gemátrico da expressão beni ha-Elohim (בני האלהים), que traduzido significa “filhos de Deus”.17 Uma das ocasiões em que essa expressão aparece — em Grego — no Evangelho de São João nos ajuda a clarear o sentido do epílogo. Caifás, sendo um dos Sumos Sacerdotes da época, profetiza acerca da morte de Jesus, dizendo que Nosso Senhor devia morrer pela nação (a Judeia). Mas São João complementa, dizendo:
E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.18
Assim, podemos ver no ato de reunir os peixes com a rede de pesca um símbolo da reunião dos filhos de Deus em um único corpo, que é a Igreja. Essa interpretação é, aliás, perfeitamente coerente com a leitura aritmológica feita ainda há pouco.
As redes são um símbolo da pregação; e os peixes, símbolo dos filhos de Deus — “farei de vós pescadores de homens” (Mateus 4:19). As águas são um símbolo duplo: por um lado, simbolizam a impermanência, as tribulações e as paixões deste mundo — “Junto dos rios da Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião” (Salmos 137:1) —, são as águas inferiores (Gênesis 1:7); por outro lado, simbolizam as águas superiores (Gênesis 1:7), as águas do batismo, a fonte de água que salta para a vida eterna (João 4:14), o Dom do Espírito Santo. Veremos como essa duplicidade simbólica se aplica à passagem da pescaria no Tiberíades em seguida.
Ezequiel e as Águas Vivificantes
O epílogo de São João faz referência ainda a uma passagem de Ezequiel. Lemos no capítulo 47:
E será que toda a criatura vivente que passar por onde quer que entrarem estes rios viverá; e haverá muitíssimo peixe, porque lá chegarão estas águas, e serão saudáveis, e viverá tudo por onde quer que entrar este rio.
Será também que os pescadores estarão em pé junto dele; desde En-Gedi até En-Eglaim haverá lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo a sua espécie, será como o peixe do mar grande, em multidão excessiva.19
Os termos En-Gedi e En-Eglaim, aqui, se referem a nascentes da região do Mar Morto. A palavra Gedi (גדי) tem valor gemátrico de 17 (o valor dos lados do triângulo formado pelo número 153); e a palavra Eglaim (עגלים) tem valor 153. Além disso, a palavra Gedi é a 153ª palavra do capítulo.20 Não é preciso dizer que essa conjunção de fatores é rara.
Ezequiel fala de rios que dão vida e de peixes em multidão excessiva que serão encontrados por pescadores que lá estenderão suas redes. A passagem do Tiberíades é o cumprimento dessa profecia, evidentemente. No entanto, a primeira parte desse trecho do livro de Ezequiel acena para um sentido anagógico, pois as águas que dão vida não são propriamente as águas do Tiberíades, mas aquelas que Nosso Senhor prometeu à Samaritana (João 4:14).
Se buscarmos nas Escrituras outras referências a essas águas vivificantes, chegaremos a outro livro de São João. No Apocalipse encontramos uma passagem que possui claros paralelos com o referido capítulo 47 de Ezequiel. Grifei aqueles que são mais notáveis. Vejamos primeiro a passagem do Apocalipse:
E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome.21
Agora leiamos atentamente a passagem de Ezequiel:
E junto ao rio, à sua margem, de um e de outro lado, nascerá toda a sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem acabará o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de comida e a sua folha de remédio.22
É evidente que se trata de uma descrição da nossa pátria celeste. Devemos, portanto, entender essa dimensão anagógica, indicada por Ezequiel e pelo Apocalipse de São João, como algo presente na passagem da pescaria no Tiberíades. Os peixes vivificados pelas águas e unidos pela rede dos pescadores/pregadores são as almas da própria Jerusalém Celeste, os Filhos de Deus unidos pela herança do Reino do Senhor. Com esse gesto, Nosso Senhor está mostrando aos apóstolos qual é o seu verdadeiro papel na economia da salvação. Aqui Ele mostra o que é a verdadeira pescaria: fazer a vontade do Pai, trabalhando nas suas terras, “que já estão brancas para a ceifa” (João 4:35).
Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.23
Assim vemos como Jesus Cristo é a chave explicativa para as visões de Ezequiel e São João.
Da Água para o Vinho
Os textos de Apocalipse e Ezequiel, mencionados mais acima, ainda apresentam paralelos com o Gênesis. Lemos, no segundo capítulo, o seguinte:
E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.24
Assim se mostra que o fim é semelhante ao princípio, como dizia Orígenes25, e que a salvação operada por Nosso Senhor ilumina também o sentido da condição edênica do homem. O homem foi feito para se banhar nas águas vivificantes que saem da árvore da vida (símbolo evidente da cruz do Senhor).26
Comentando a referida passagem de Apocalipse, Ricardo de São Vitor nos diz que
A árvore da vida é Cristo porque aos que ele concede a si mesmo como alimento, a estes guarda a sua vida pela perpétua imortalidade.27
Se da árvore da vida, que está no meio do Éden, saem as águas que regam o jardim, do lado do Jesus Crucificado, porém, verte água e sangue.
Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.28
No sacrifício do Cordeiro as águas edênicas são transformadas em sangue — esse é, aliás, um dos sentidos da transformação da água em vinho, nas bodas de Caná29 (João 2:1-11). É na pureza dessas águas rubras que os eleitos lavam as suas vestes, segundo a visão de São João (Apocalipse 7:14). A água e o sangue, portanto, mostram a um só tempo a semelhança e a diferença entre a condição edênica e a condição dos bem-aventurados da Jerusalém do alto. O sangue do Senhor não apenas restaura a nossa condição primeva, mas nos eleva a uma condição muito superior àquela de que gozava Adão no Éden. É uma mudança da água para o vinho.
O Peixe Separado pelo Senhor
O peixe que já estava sobre a grelha pode ser interpretado como aqueles que deveriam anteceder essa pescaria, aqueles que foram escolhidos pelo próprio Filho para operar nas terras do Pai. Em outras palavras, o peixe — que já é preparado pelo Senhor antes dos outros cento e cinquenta e três — simboliza o apostolado. A grelha é o fogo que prova as obras de cada um (1 Coríntios 3:13). Uma vez que as obras são boas, o fogo não as consome, mas torna apreciável aquele que as operou. Este é o peixe que, bem-preparado pelo fogo, se torna apetecível aos convivas do banquete de Deus. No mesmo banquete, contudo, está o peixe separado pelo Senhor e os outros cento e cinquenta e três, pescados pelos apóstolos.
Espero que a essa altura as nossas redes estejam fartas dos peixes da sabedoria divina, e que nosso mergulho nas águas das Escrituras tenha valido a pena. Confesso que falar desses assuntos, considerada a minha posição dentro da Igreja — que, diga-se, está bem longe de ser uma posição de autoridade —, me é um pouco desconfortável. Contudo, é necessário que alguém trate desses temas.
Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. (Lucas 19:40)
João 21:6.
João 21:9-11.
João 21:6.
Salmos 110:1.
Salmos 63:8.
Mateus 26:64.
“E chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.” (Êxodo 2:10).
Lembremo-nos, por exemplo, do fato de que os neoplatônicos Jâmblico e Porfírio estudaram aritmologia com um Bispo cristão, Anatólio de Laodiceia. A interpretação aritmológica das Escrituras era muito comum também na escola alexandrina, o que pode ser constatado através dos escritos de Fílon, Clemente e Dídimo.
A propósito desse tema, veja-se The Theology of Arithmetics, trad. Robin Waterfield, Grand Rapids: Phanes Press, 1988. Essa obra é frequentemente atribuída a Jâmblico, e provavelmente contém muitos dos ensinamentos de seu professor, Anatólio, Bispo de Laodiceia. Veja-se também Kircher, Aritmologia, trad. Atilano Martinez Tome, Madrid: Editorial Breogan, 1996.
A propósito da utilização dessa técnica em língua grega, veja-se Kieren Barry, The Greek Qabalah: Alphabetic Mysticism and Numerology in the Ancient World, York Beach: Samuel Weiser, 1999.
No Hebraico, a letra alef corresponde ao um; beth corresponde ao dois; gimel, ao três; e assim por diante. No Grego, o alpha corresponde ao um; o beta, ao dois; o gamma, ao três; e assim se segue, na ordem alfabética.
Inferimos isto, não apenas do fato de que ele conhecia as tradições grega e judaica, mas do fato de que ele próprio faz alusão a essas coisas em seu Apocalipse. Veja-se Apocalipse 13:16-18.
Em especial, Santo Agostinho e São Jerônimo.
Veja-se Mateus 19:16-21.
Lucas 15:4.
Lembremo-nos de que a casa de Deus é o Templo (Mateus 21:13), e de que Jesus Cristo comparou o Seu corpo ao Templo em João 2:19-21. A Igreja, sendo o corpo de Cristo, é também a morada de Deus, Seu Templo. Isso é explicitado por São Paulo, quando ele diz, “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16).
Richard Bauckham, The Testimony of the Beloved Disciple, Grand Rapids: Baker Academic, 2014, p. 343, eBook ed.
João 11:52.
Ezequiel 47:9-10.
Veja-se Richard Bauckham, Op. Cit., pp. 344-45.
Apocalipse 22:1-4.
Ezequiel 47:12.
João 4:38.
Gênesis 2:9-10.
Veja-se Origen, On First Principles, Vol. I, Ed. John Behr, Oxford: Oxford University Press, 2017, p. 107.
Os quatro braços do rio que verte da árvore da vida formam a figura da cruz.
Ricardo de São Vitor, O Apocalipse de São João, Trad. Antônio Donato Paulo Rosa, São José dos Campos: Editora Katechesis, 2023, p. 352.
João 19:34.
O vinho é o sangue. Por isso também aqueles que receberam o Espírito, no Pentecostes, pareciam embriagados (Atos dos Apóstolos 2:13).
Belíssimo texto! Parabéns!
Especificamente sobre a simbólica do número dezessete, alvez haja mais um paralelo interessante, com Gênesis 8:4 ("E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate").
A respeito, uma reflexão interessante se lê em: <https://www.scripturerevealed.com/numbers/the-mystery-of-17/>, onde pondera: "On the 17th day of the month in different years, we see: Sinners punished by God; God restores the earth; God returns the earth to a type of perfection".
Obrigadão Leo.